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   Motivações para Servir a Deus

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Por que nós, como cristãos, servimos a Deus? Por que devemos servir a Deus? Muitos provavelmente nunca pararam para considerar seus motivos. Embora não precisemos entender nossos motivos para servir a Deus ou crescer em santidade, quanto mais os conhecemos, melhor seremos capazes de servir a Deus como Ele merece. Muitas vezes, as motivações são difíceis de discernir, mas está claro na Bíblia que os cristãos podem servir por motivos dignos ou indignos.

Motivações ilegítimas não bíblicas

Algumas motivações não são dignas de Deus ou dos cristãos. Embora o serviço possa resultar daqueles que são indevidamente motivados, não é realmente a Deus que essas pessoas servem, mas a si mesmas.

  1. Legalismo: Algumas pessoas podem tentar servir a Deus na esperança de que isso lhes garanta a salvação eterna ou os ajude a mantê-la. Claro, isso é contrário à graça de Deus na salvação e na santificação (Ef 2: 8-9; Gl 3:1-9).
  2. Falsa culpa: A falha em confiar em Deus para perdoar seus pecados pode fazer com que algumas pessoas tentem servir a Deus para livrar-se de sua culpa, como nas obras de penitência. Mas isso ignora a promessa de Deus de perdão completo a todos os que confessam seus pecados (Colossenses 2:13; 1 João 1:9).
  3. Interesse próprio: ganho financeiro, preeminência, poder ou auto-engrandecimento podem motivar alguns a tentar servir a Deus. Obviamente, eles estão apenas servindo aos seus próprios desejos egoístas. A Bíblia tem exemplos de pessoas assim motivadas (Mateus 6:1-6; Marcos 12:28-40; Fp 1:15-18; 3 João 9; 2 Pedro 2: 14-15). O apóstolo Paulo ensinou contra tais motivos (2 Cor. 4: 2-5; Gal. 1:10; 1 Tes. 2: 3-6; 1 Tm. 6: 1).

Motivações bíblicas legítimas

A Bíblia apresenta algumas motivações poderosas e claras para o serviço e uma vida piedosa. Bons motivos podem se sobrepor e alguns parecem mais elevados em princípio do que outros. Aqui estão cinco motivos facilmente identificáveis do Novo Testamento em uma espécie de ordem de prioridade.

  1. Amor: Isso inclui primeiro um amor por Deus, depois um amor que o acompanha pelos outros (Mt 22:37-39). Um cristão motivado pelo amor trabalha em benefício daquele que é amado. O amor a Deus é frequentemente demonstrado por meio da obediência (João 14:21; 1 João 5:2). O amor também se expressa no desejo de glorificar (João 12: 27-28), agradar (Col. 1:10; 3:20; 1 Tes. 4:1) e conhecer a Deus (Fp 3:10-14; 1 João 4:16). Amar a Deus também significaria amar aquilo que Deus ama, por isso amamos as outras pessoas (2 Coríntios 5:14; 12:15; 1 João 4:11; 5: 2).
  2. Gratidão: Porque nos beneficiamos das ações de Deus, podemos desejar responder com gratidão. Nosso serviço e nossas vidas se tornam um "Obrigado" a ele. À luz das bênçãos de Deus, somos motivados a oferecer nossos corpos a Ele (Rm 12:1-2) e a viver para Ele (Gl 2:20). Paulo foi motivado a servir a Deus com ações de graças (1 Timóteo 1:12).
  3. Significado eterno: Podemos ser motivados a cumprir nosso anseio por algum significado além desta vida temporária de acordo com os propósitos originais de Deus. Deus nos criou para participarmos de Seu governo sobre a terra (Gênesis 1: 26-28). Isso será cumprido em Seu reino vindouro na medida em que sejamos fiéis em nossas responsabilidades nesta vida (Mt 19: 27-30; Lc 19: 11-27) ou em nossa perseverança fiel no sofrimento (Rom. 8:17; 2 Tim. 2:12). O gozo desta herança deve inspirar uma conduta piedosa (1 Cor. 6: 9-11; Gal. 5:21; Ef. 5:5). O livro de Hebreus promete aos fiéis uma parte no governo futuro de Cristo (Hb 1:14; 3:14; 4: 1, 9; 6: 11-12). O significado eterno pode começar quando nos empenhamos em servir a Cristo nesta vida (Mat. 10: 38-39; 16: 24-27; Lucas 9: 23-26).
  4. Recompensas: Também podemos ser motivados por recompensas dadas por Deus nesta vida (Marcos 10:28-31) e na eternidade (Mateus 16:27; Apocalipse 22:12). O tribunal de Cristo é o cenário de recompensas futuras. Lá todos os cristãos aparecerão e prestarão contas (Rom. 14: 10-12; 2Co 5:10; 1Co 3: 9-13). As recompensas eternas incluem tesouros (Mateus 6:20) e coroas (1 Cor. 9:25; 1 Pedro 5:4; 2 Timóteo 4:8). A motivação também vem da possibilidade de perder recompensas eternas (Mat. 22: 1-14; 25: 14-25; Lucas 19: 11-27; 1 Cor. 3:12-15). Recompensas não são uma motivação egoísta se nosso objetivo é usá-las para glorificar a Deus no final.
  5. Dever: Alguns cristãos servirão a Deus porque se comprometeram a fazê-lo ou porque estão vivendo de acordo com o que Deus os chamou para fazer. O dever não espera recompensa, mas é cumprido por obrigação (Lucas 17: 7-10). Isso é visto no próprio compromisso de Jesus de fazer o que Deus o chamou para fazer (Marcos 1:38; João 12:27; 17:4; Hebreus 2:17; 5:5-10). Paulo foi motivado a cumprir seu chamado para ser um apóstolo dos gentios (Atos 20:24; 2 Timóteo 1:1,11; 2:7). Os cristãos também podem sentir que é seu dever ser mordomos fiéis de seus dons (Romanos 12:6-8; 1 Timóteo 4:14; 1 Pedro 4: 10-11) ou do evangelho (1 Coríntios 9:17-18; Colossenses 1:25; 1 Tim. 1:11, 18; 6:20; 2 Tim. 2:14; 2: 2; Tito 1:3).
  6. Medo: Esta motivação é inferior ao amor (1 João 4:18), mas pode motivar o cristão a se afastar do pecado ou da infidelidade e a buscar uma conduta piedosa. Alguém pode temer um julgamento negativo no tribunal de Cristo (Tiago 2:13; 3:1), que pode incluir vergonha (2 Timóteo 2:15; 1 João 2:28) ou perda de recompensa (1 Coríntios 3: 13-15; 9:27). O cristão também pode temer a disciplina temporal de Deus (1Co 5:5; 11:29-32; Colossenses 3:23-25; 1 Timóteo 4:14; Tiago 5:15-16,19). O livro de Hebreus usa efetivamente cinco terríveis advertências para motivar seus leitores a abandonar a apostasia e avançar para a maturidade (Heb. 2: 1-4; 3: 7 - 4:13; 6: 1-12; 10: 26-31; 12:25-29). Há também um aspecto positivo do medo no sentido de reverência, que também é uma motivação para o cristão (Atos 10: 2; 2Co 7: 1; Efésios 5:21; Fp 2:12; Hb 12:28).

Conclusão

Assim como existem motivações antibíblicas ilegítimas para servir a Deus, também existem motivações bíblicas legítimas. Devemos aprender a buscar as motivações mais elevadas em nosso próprio serviço. Devemos também aprender a motivar os outros para o serviço ou a piedade com as melhores motivações. É saudável avaliar nossos motivos para servir a Deus ou crescer em piedade para que possamos servi-Lo melhor.


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